A seguir à constipação, a dor nas costas é a segunda causa mais comum para procurar um médico.
Esta dor, designa-se crónica quando é repetitiva e surge assim em cerca de 5 a 10 % das pessoas que a têm, causando incapacidade durante longos períodos de tempo e por vezes depressão.
A fisioterapia, através de um trabalho preventivo, permite intervir o mais precocemente possível nos primeiros sinais e sintomas da doença. O principal objectivo deste programa é alterar comportamentos de risco, tentando demonstrar a estas pessoas que a adopção de práticas mais saudáveis reduz a probabilidade de desenvolver lombalgia crónica, evitando assim a incapacidade. Existe uma forte evidência em que o exercício pode ajudar os pacientes com lombalgia crónica a regressarem às actividades diárias normais e ao trabalho. Podemos actuar em vários níveis de prevenção: na primária dirigimo-nos a pessoas susceptíveis de vir a ter determinado problema físico com medidas para melhorem o nível de saúde positiva, na secundária o alvo são indivíduos já afectados tentando reduzir a gravidade e duração das queixas, e na terciária procuramos minimizar as consequências (físicas, psicológicas e sociais) através da reabilitação e evitar recaídas posteriores. Uma forma simples de diferenciar as três formas de prevenção é através da sequência temporal do problema: as actividades preventivas realizadas antes do começo do problema são prevenção primária; as realizadas durante o problema são prevenção secundária; e as realizadas após a cessação do problema são prevenção terciária.